Filha outro dia começa, um dia, apenas um dia, suficiente para logo cedo precisar ir viajar e resolvido o que precisava, como sempre o mesmo trajeto, sozinha, as vezes serena, as vezes choro, as vezes converso contigo e te peço a mão para assim, caminharmos de mãos dadas. Claro que sofro, que choro, um choro silencioso, pois ao chegar no local de embarque, demorando alguns minutos, me sento a olhar o mundo ao redor, pessoas e o movimento. Paro quando vejo alguém, mulher, no caso, abrir a porta de seu carro, é como se eu entendesse que é você que dirá: mamãe vamos comigo, mas é rápido porque é só imaginação. Nesse percurso que faço, hoje me sentei na praça, acendi um cigarro, confesso, filha e fiquei a olhar em volta, parada no tempo, é incomum, mas as vezes acontece e nesse intervalo a observar umas folhas secas ao vento eu pensava em tres questões que aguardo, nao ansiosamente, mas se tiver de ser, me parece que uma já caminha bem. Pois bem de repente, não mais que de repente e pode ser normal claro, numa praça, árvores, brinquedos, folhas secas, pessoas. Mas filha ao pensar por instantes nesses problemas eu vi uma folha seca cair da mesma árvore, depois outra e depois outra e cessou. Interessante é que a medida que caia eu dizia: se forem tres há probabilidade e exatamente foram, deu-se um tempo, sai e não caiu nenhuma a mais, então eu pensaria, então: o silêncio se entregaria ao riso até respirar seria uma grande brincadeira............... frase solta do quadro acima: E nas nuvens pendurariam um aviso: -vivam assim a vida inteira FILHA!!!
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