sexta-feira, 7 de julho de 2017

'' AQUELES QUE AMAMOS ''


Filha, hoje entendi talvez o quanto é relevante não poder ter você aqui, em corpo, pois é tão misteri-oso essa distância, esse desapego que está grudado em nós. Por diversas vezes eu procuro esquecer o que não posso lembrar, olho no fundo do meu coração e não compreendo o que realmente eu faço to-dos os dias, uma espera que não chega, um presente que tanto faz. Filha quantas vezes a noite ti cha-mo, peço a você para vir me buscar, no meu mundo não há paz, sonhos ou mesmo enquanto batalho sem pressa, nem ressalvas, tudo vira um tanto faz, já não consigo pegar com afinco quase nada ou pouco importa. Vai ficando distante você de me, porém eu sinto tão somente que não sou nada sem você, a vida já não tem nada de brilho. Parece então que já vivi tudo o que tinha para viver. Não sei explicar, mas não gosto de viver. Não tenho problemas  de depressão, de peninha não, sou muito realista e trabalho, sou social, sobrevivo esta é a verdade. Interessante é que me analiso onde eu era inteligente, sabia muito um português bem feito e não sei mais tanto. Devo tê-lo perdido em algum lugar do passado. Acabei de pedir a teu pai para me acordar amanhã cedo pois disse-lhe que tenho noção de que sozinha me administro. Filha é tão verdade a frase acima, me faz ter certeza que você está onde quer que eu esteja. Não sou eu, que vivo em me, é muito estranho pois ao mesmo tempo que é o nada ou não importa, há momentos de dor e desespero, como também de mensagens ou qualquer coisa. Olho para me e tento me acordar, me sacudir,mas é demente mesmo, como pode naturalmente não ter a ousadia de abrir os olhos de manhã e pensar em algo, apenas quando acordo e não é amanhecer, peço a Deus para deixar que eu durma e esqueça da vida. Não entendo minha Filha!

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